Um homem caminha vestido de azul
na órbita paralela dos meus pensamentos.
Observo (desmedida) à medida que avança.
Palmo a palmo
a melodia do seu andar elegante
quase toca as minhas mãos.
Ele detém-se e faz conversa de ocasião.
Nós sabemos que é inútil remover o desejo da porta da frente do corpo
por isso sorrimos os dois, exageradamente.
A cidade está iluminada pelo sol
mas não faz a menor diferença,
ele submete a paisagem à sua presença.